Este teu corpo é um fardo,
é uma grande montanha abafando-te,
não te deixando sentir o vento livre
do infinito.
Quebra o teu corpo em cavernas
para dentro de ti
rugir a força livre do ar.
Destrói mais essa mansão de pedra,
faze-te recepo,
âmbito,
espaço.
Amplia-te.
Sê o grande sopro que circula.
Cecília Meireles