Sobre mim

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Marrom Glacê




Agora eu vou contar sobre o amor maior da minha vida: o marrom glacê ... ai o marrom glacê ...




Quando criança eu era ruim para comer, minha mãe cortava um dobrado para eu comer, mas eu só gostava mesmo era de doce... uuuummm doce!




Algodão doce, pipoca doce, goiabada, cocada, pé-de-moleque, paçoca, doce de leite, maria mole, doce de batata e de abóbora (aqueles em forma de coração), suspiro (aquele suspiro rosa lembra?), pirulito zorro (eita!), Chokito, Prestígio, etc. etc.




Por mim eu só comia doce, de qualquer tipo, mas eu só queria comer doce. É claro que Lozinha não deixava né? fazia malabarismo pra eu conseguir comer a comida.




E o marrom glacê era o meu preferido, como era bom quando tinha marrom glacê em casa!




Eu não me continha, não me contentava com um pedaço só, e depois do almoço, quando minha mãe distraía eu ia lá no "barzinho" e comia escondido.




O "barzinho" era um espaço fechado do armário no qual meu pai guardava bebidas, com o tempo minha mãe foi cortando de ele trazer bebidas pra casa e aí o "barzinho" virou o lugar onde minha mãe guardava doces.




Era uma sensação estranha pra mim fazer uma coisa escondido, porque minha mãe ensinava muito que a gente não devia fazer nada escondido um do outro, por isso aquela sensação de estar pecando contra os céus !!!




Até hoje eu não sei se minha mãe desconfiava, acho que sim porque tinha vezes que ficava faltando pouco para devorar a lata inteira. E hoje acho até que ela não ia se importar tanto, mas eu tinha mó medo dela brigar comigo porque eu tava comendo daquele tanto.




Hoje sempre que vejo marrom glacê no mercado me lembro da minha infância, mas evito comprar porque sei que não seguro a minha onda, continuo fissurada. E hoje em dia evito ao máximo comer doce, e isso não foi nada fácil, para mim é como um vício.


Li no livro "Mulheres que amam demais" que mulheres que foram filhas de alcoólatras e que não desenvolvem o alcoolismo desenvolvem a compulsão por doces. E eu sempre fui assim, compulsiva! perdidamente louca por doces.


Alguns médicos fazem ligação entre a enxaqueca que me acompanha e o tanto de doce que eu comi na minha vida, só os médicos holísticos né? porque os alopatas não perguntam nem o que eu como, só querem ir logo passando antidepressivo que eu não tomo nem debaixo de tapa. Prefiro a tortura de evitar os doces.






Outro dia Flávio comprou marrom glacê pra mim porque eu havia contado pra ele essa história e ele quis me fazer uma surpresa, ai que sensação de flashback ... enquanto o doce não acabou não tirei o olho da geladeira, ai ai ai bom demais !!!

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