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Minha primeira infância foi na Rua Lima Drumond, no Rio de Janeiro, com meus pais Josias e Generosa e meu irmão Jorge Carlos.
Meu pai era da polícia militar, na qual serviu por mais de 30 anos. Eu era apaixonada pelo meu pai, buscava os chinelos pra ele tirar os sapatos quando ele chegava do trabalho, tudo o que ele dizia pra mim soava como a mais absoluta das verdades.
Minha mãe era jovem e bonita, me lembro bem dos doces de leite que ela fazia, as vezes a gente acordava de noite e ia todo mundo pra cozinha comer doce de leite, o doce era "puxa", era delicioso, ai como eu me lembro daquele doce!
Minha mãe sempre foi muito carinhosa, beijava e abraçava muito a gente.
Com ela aprendi a ler, foi em uma cartilha que ela comprou, a gente soletrava A-T-A-L-I-B-A, DA-LI-LA, eu adorava as aulas da minha mãe, me sentia importante por estar aprendendo algo, era uma sensação boa a bessa.
Meu irmão era fortinho e gostava de futebol, chorava muito quando meu pai saia porque ele sempre queria ir junto e meu pai não levava. Ele (meu irmão) era carinhoso ao extremo comigo, brincávamos juntos o dia inteiro, tínhamos um velocípede de caçamba, mas eu não gostava da caçamba, queria era dirigir o bicho. Nessa época meu irmão já era muito calado, a gente não brigava nunca, éramos companheiros e companheiros e companheiros sempre. Me lembro de nós dois nessa época quando ouço aquela música do Chico Buarque que ele fez pra irmã dele, a Miucha:
"Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo, no tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido ... "
Ah e eu tinha uma boneca "grande" chamada Juli, ela tinha o cabelo carapinhado vermelho e um vestido com quatro quadrados na frente que minha mãe que fez, eu adorava minha boneca "grande".
Eu gostava de subir nas árvores e por isso quando minha mãe colocava saia em mim eu chorava, só queria ficar de short, enquanto ela não me deixava trocar o vestido eu ficava amuada num canto, oras bolas como é que eu ia subir nas árvores de vestido?
Tinha o Javali, um cachorro tão feio coitado, um dia ele me derrubou no quintal e me machucou mas não foi nada demais, não fiquei com nenhum trauma de cachorro, poderia ter ficado né? mas não fiquei.
Por falar em quintal, tinha uma jaqueira enoooorme, não sei se é porque eu era criança, mas aquela árvore era imeeeeensa, e quando meu pai tirava jaca era uma festa.
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